quinta-feira, março 02, 2006

Mudar de casa II

Vocês não devem imaginar o que é mudar de casa nas condições em que eu mudei. E que condições foram essas? É muito simples. Mudei os móveis todos num só dia. Para quem conhecia a minha casa sabe que eram realmente muitos. Metade teve que vir pelas escadas. E para quem morava num 5º andar não foi tarefa fácil. Camas, armários da sala, da entrada, do corredor, dos quartos, frigoríficos, máquinas, sofás. E não era um armário em cada divisão mas sim vários. O maior problema disto tudo é que mudamos para uma casa mais pequena, visto que é de cariz provisório. É só até a casa que os meus pais estão a construir fique pronta. É certo que ainda demora seguramente um ano mas também tendo em conta que a meio deste ano vou casar e fazer as malas, serve perfeitamente. O problema é que, colocar tudo o que estava na outra nesta nova era tarefa impossível. Lá andamos então a meter metade dos móveis numa garagem do meu tio, outros tantos na casa duma senhora a quem lhe oferecemos e por fim os restantes foram para o novo apartamento. Acontece que o novo é mais pequeno em tudo, até nos elevadores pelo que teve que ir quase tudo pelas escadas. Desta vez a subir. Foi obra.

Está tudo uma autêntica desarrumação. Ficaram caixas em frente aos elevadores 2 dias. A minha casa está uma autêntica barafunda. A dispensa uma desgraça, o quartinho que lá tem cheio de coisas por montar, o meu quarto vai ser uma junção do meu com o da minha irmã e está parece um barraco dos ciganos. Nem sei quantos dias vou levar a arrumar aquilo.

Tive que deitar carradas de coisas fora. Todos os livros escolares que tinha guardado religiosamente desde a primária, assim como os livros desde o 5º ano. Ficaram só 2 ou 3 da primária para recordação.

Já me esquecia, no Sábado vi uma coisa que me deixou maravilhado, uma senhora velhinha foi ver o que andávamos a deitar fora. Foi aos sacos do lixo e começou a remexer. Pegou no que lhe interessava. Uma das coisas que seleccionou foi um boneco de madeira que fui eu quem o fez, em trabalhos manuais no 6º ano.

De resto, as mudanças duraram desde as 9h até às 23h. Escusado será dizer que a essa hora, montar as camas foi complicado pois já não haviam forças. Agora dói-me tudo. Costas, braços, pernas, mãos, pés, etc…

Agradeço a ajuda dos meus amigos pelos serviços prestados, quer em força bruta ou em meios.

A minha namorada foi uma fofa. Ajudou-me imenso e não parou um minuto. Ela é LINDA!

Em relação aos meus amigos que me ajudaram, ao fim de pedir a um gajo que cá costuma vir que me levasse duas gavetas e uma almofada tive de o levar a casa pois ele estava branco, cheio de dores e com muita vontade de beber água. As leitoras do blog dele que andam na secundária de Ermesinde chamam-lhe Margi, devido ao blog dele. Acho mal. Tal a força que ele evidenciou neste Sábado deviam eram chamá-lo Margizinho ou algo do género. Ele estava que nem podia. O que fazem 2,5 kg de peso…

7 comentários:

José Carlos Gomes disse...

A resposta a este teu último parágrafo está no meu último comentário ao texto aqui em baixo.

José Carlos Gomes disse...

Mas ainda te digo mais, experimenta passar duas horas a carregar móveis sem comer antes e tu vês se não ficas branco...

Palhaço... :)

D. disse...

eu nunca deitaria essas coisas fora... nem que tivesse de as pôr debaixo da cama... E quanto ao margi, tu tens é ciumes, porque para ti não inventamos nenhum nome fofinho... tumbas tumbas tumbas... :)

Anónimo disse...

Invejoso!

João Pedro disse...

Por acaso fiquei triste por deitar as coisas fora mas fui, a modos que, obrigado!

Quanto ao margi/ciumes, a mim não me chamam nada de fofo... mas não é por isso que me deixam de cobiçar... Tenho dito!

McBrain disse...

Não consigo imaginar a deitar certas coisas fora, como por exemplo um boneco de madeira que tenha feito no 6º. ano, ou os livros da primária.

Já sei que nunca se deve dizer nunca, mas... não me consigo imaginar a fazê-lo!

João Pedro disse...

O boneco era mesmo horrível:)

Em relação aos livros, o problema é a falta de espaço desta nova casa pois é mais pequena que a outra. Sinti-me triste mas teve que ser. Guardei ainda alguns. Mas estou triste, deveria era ter guardado todos da 1ª Classe.