segunda-feira, abril 24, 2006

A casa dos meus avós


Esta era a casa dos meus avós.

Foi agora comprada pelos meus pais. Neste momento está assim conforme a foto.

É estranho. Ao ver esta foto lembrei-me dos momentos que lá passei com os meus avós.

O meu avô na oficina das bicicletas a concerta-las e eu a ver, sentado num banco. Ou quando almoçava com a minha avó. Ou então a dormir com ela enquanto lhe enrolava os caracóis e ela contava-me que conversava com uma raposa que vinha bater à porta do quintal e eu achava aquilo demais. Ou até das caminhadas até Ardegães, terra do meu avô.

O meu avô a lanchar grandes nacos de queijo enquanto jogava dominó e se chateava com todos.

Os cortes de cabelo que lhe fazia o avô do Marginalizante, num banco no meio das bicicletas, enquanto ia atendendo os clientes.

A mania de ir almoçar sempre nos restaurantes aos fins-de-semana, passeios que ninguém gostava de alinhar.

O Mundo está em constante renovação. É pena as pessoas também, e com isso desaparecerem.

terça-feira, abril 18, 2006

In Expresso

Não deve haver muitos países onde um político de extrema-direita tenha direito a 45 minutos quinzenais para doutrinação política, a solo, num canal informativo de televisão. Mas acontece em Portugal. Na SIC-Notícias, Paulo Portas repete, em versão beata, a mesma agenda de Le Pen, Bossi ou Haider.

Daniel Oliveira - Expresso

P.S. É o maior! :)

Supremo Tribunal da Parvalhândia

O nosso supremo tribunal é mesmo castiço.

Recentemente considerou aceitável o comportamento da responsável de um lar de crianças deficientes em Setúbal, indicada por maus tratos, nomeadamente por dar palmadas e estaladas aos menores e fechá-los em quartos escuros quando estes se recusavam a comer.

Eles acham que fechar crianças em quartos é um castigo normal de um «bom pai de família» e que as estaladas e palmadas, se não forem dadas, podem até configurar negligência educacional.

Nada que nos possa espantar. É que já noutras duas vezes, aquando da queixa de duas inglesas por violação numa zona do Algarve, este mesmo tribunal disse que ah e tal... sabem como é, vocês vieram para "a coutada do macho latino".

E isto não é nada quando comparado ao caso em que o homem matou a mulher e a pena foi diminuida porque era um facto ela deixar queimar realmente o estrugido.

Mais nada. Assim é que se deve aplicar as leis. Haja justiça.

P.S. Este casos são veridicos e foram retirados de citações numa crónica do caríssimo Daniel Oliveira!

quinta-feira, abril 13, 2006

O meu sábado à noite

Este sábado foi marcado por uma situação bastante caricata. Tinha um sinal preto que, como mandam as leis deve ser removido pois pode ser perigoso. Fui de manhã ao médico e esperei até ele dizer que quando lhe desse mais jeito telefonava à minha namorada (ele é o dono da clínica onde ela tem um posto de enfermagem) para eu ir tirar o dito cujo.

Até aqui tudo normal, não fosse ele ter enviado uma sms para que lá aparecêssemos uma hora depois da tal sms ter chegado, ou seja, por volta das, espantem-se, 23h15 desse mesmo sábado. Eh pah, o médico não deve é bater muito bem pensei cá para mim.

Chegando lá, deito-me na marquesa, levo a anestesia e começa a operação. Ele e a minha fofa na conversa numa boa e eu ali fodido a ser cortado duma ponta à outra. O gajo escarafunchava e eu termia como ó caralho. Ele fazia cada manobra e ia falando. Ah e tal eu tenho uma estufa e não sei o quê… e tenho isto e aquilo… e tinha também perus! O peru, dizia ele, é um bicho muito caricato. Eu antigamente apanhava umas fardas valentes e depois vinha para aqui falar com eles. E eles eram bastante compreensivos. Nunca me contrariaram nem nada.

E eu… ali desorientado a ser cortado… e a tremer e tenso como tudo. Pouco depois começa ele a dar pontos. Que cena que é saber que está ali um agulhão a furar-me as costas. E eu à procura do dedito da minha fofa que estava ali ao pé de mim… agarrei nele e ela teve de ir limpar a “frida” e lá fiquei outra vez eu sozinho.

Finda a operação, eu a sair da marquesa quase que caía de nervos… o médico passado um bocado até me perguntou se eu não queria sentar-me um bocado pois estava muito pálido. É que parece que não mas foram três pontos que eu levei :)

Bem, tinha ido lá com a minha fofa e a minha irmãzinha porque a seguir íamos todos curtir e… lá mandei tudo para casa dado o meu estado lastimável.

Sabem como é: macho que é macho quer é ver os médicos mais as agulhas ao longe!

quarta-feira, abril 12, 2006

Semana atribulada

Esta última semana foi algo atribulada a nível de situações presenciadas pela minha pessoa.

Um destes casos passou-se em Ermesinde. Problemas de trânsito, uma gaja parva mete-se onde não deve, outra depois do semáforo abrir arranca feita louca e TAU vai à traseira do gajo da frente. Sai do carro para ver os danos e ao entrar chama Puta à parva. A parva agora puta não gostou, sai também do veículo mas já não chega a tempo de agarrar na malcriada. A malcriada trancada no carro vê a puta aos murros na sua janela e a dizer: “Olha-me a malcriadona. Bate no homem e chama-me puta a mim”.

Depois da malcriada fazer o telefonema para a polícia, e de terem todos encostado o carro no passeio vieram para a rua, as gajas, fodidas da cabeça embrulham-se nos cabelos uma da outra, e o gajo que não tinha culpa nenhuma é que tava agora fodido da cabeça pela situação e também, claro está, com o carro fodido.

Eu no outro lado da rua, evidentemente, presenciava tudo alegremente e com o telemóvel na mão, quase em situação de ataque para a verdadeira fotografia para futuro deleite. Não o fiz pois os velhos senis certamente, diziam que aquilo não tinha jeito nenhum e foram todos separar os intervenientes, acabando assim com o espectáculo. Mas prontos… também pelo que paguei… :)

Este foi um dos casos da semana. O outro é mais sério e com final bastante trágico.

Fui ao Porto e chegando ao meu destino deparei com viaturas do INEM. O que é que se tinha passado? Um velho de 80 e tal anos andava desconfiado que a esposa da mesma idade o traía com outro velho. O marido resolveu por cobro à situação, esfaqueando a mulher. Chamaram então os bombeiros e a senhora foi levada para o hospital. O velho ficou em casa (sim… ninguém o levou preso) e começou a achar que alguém iria fazer queixa dele. Foi então em direcção à janela, subiu e quando se ia atirar cá abaixo, da altura do 2º andar, começaram todos aos berros.
O neto e o fotógrafo com o qual eu ia ter vieram para o passeio para impedir o suicídio. O velho fez orelhas moucas e atirou-se na mesma. O neto ainda tentou amparar a queda. Resultado, partiu uma perna. E o meu fotógrafo perguntam vocês. Bem, ele como homem de coragem, quando viu que o gajo se ia atirar, fugiu imediatamente para dentro do estúdio caso contrário, segundo ele, ainda levava era com o gajo em cima e quem morria era ele :)

Enfim, um verdadeiro macho! :)

quinta-feira, abril 06, 2006

Músicol

Ando com umas saudades de ver uns concertos. Gostava de voltar a ver Peste & Sida, de me estrear num dos System of a Down, rever pela décima vez Jorge Palma e principalmente Luís Portugal dos já extintos Já Fumega que tem uma das melhores vozes portuguesas.

E vocês? Há alguma coisa que estejam interessados? Está previsto alguma coisa de jeito?

Galp Energia

Vamos com tudo, meter o pé chutar primeiro
que o último a chegar é paneleiro

Venha a Alemanha, o Brasil ou a Argentina
com cabelos de menina e cara de lobo mau
se calham a apanhar-nos pela frente e viram as costas à gente… TAU!

O que é isto perguntam vocês. É a música da Galp Energia de apoio à selecção nancional para o Mundial de 2006.
Os responsáveis já tiveram que vir pedir desculpas a uma associação Gay portuguesa e tiveram que mudar a letra. Em vez de paneleiro agora fica calaceiro. Enfim...