sexta-feira, janeiro 13, 2006

Uma barreira na estrada

Na sexta-feira, ia eu às 4 horas da madrugada para casa, no meu automóvel, quando, a 30 metros de casa, para quem conhece a zona isto passou-se à porta da Damira (não, a Damira não é nenhuma badalhoca, é tão somente um pão-quente), continuando, sai uma manada de cães (sim, manada, porque o mais feroz mais parecia uma vaca, a avaliar pelo tamanho) em direcção ao meu carro. Pareciam que estavam mesmo à esperinha que eu chegasse. Saíram de trás de um carro, ferozes como tudo, com um olhar completamente tresloucado, aqueles dentes raivosos e impregnados de baba a escorrer pelas beiças. Via-os como num filem de cinema, quando passam aquelas cenas em câmara lenta, a abanarem-se todos… Trum Trum Trum…. Eu, que estava meio ensonado ainda nem tinha percebido bem o que estava a acontecer. Oito. Eram oito. Oito cães disparados e eu era o alvo. Fizeram-me uma barreira. Consegui contorná-los, tendo para isso que ir em contra mão durante umas boas dezenas de metros. O carro a altas rotações, sempre contra à mão, atento aos carros estacionados para que nada de grave ocorresse e com um olho na manada, principalmente o cão que se parecia com uma vaca. Valentes cabrões. Tive que ir desde a Damira até à porta principal da igreja, sempre a fugir daqueles bichos nojentos. Foram 100 longos metros. Dei a volta pelo parque urbano. Ai se eu tivesse uma caçadeira. Haviam de correr era à frente dos chumbos. Cambada de cães da merda. Aproximei-me novamente do local onde me tinham feito a emboscada. Parei. Olhei. Não vi cães. Estacionei o carro. Peguei no guarda-chuva como arma. Ai de algum que viesse. Cravava-lhes as varetas todas naqueles focinhos. Eu que soubesse o número da famosa rede. Lembram-se da rede? Aqueles gajos que vinham numa carrinha e que levavam aqueles seres para o canil.

Gosto muito de cães, excepto aqueles que me atacam.

E cães vadios em alcateia… então esses é que eu detesto.

Lá fui para casa, sem companhia canina.

O que vale é que antes de entrar vi uma carrinha municipal com aspecto de quem andava a patrulhar aquela zona. Espero que tenham visto aquela alcateia.

P.S. Por causa desta merda que estou aqui a escrever, o mais certo é nos próximos dias ser ferrado violentamente por um deles. Nem que seja pelo cão da minha namorada, ou pelos 7 que vivem no pátio dela.

4 comentários:

D. disse...

os cães foram contratados por mim... uma forma de me vingar da forma cruel e desumana que me tratas... eram cães poderosos e munidos de armas letais, mas eu tive pena ao ver o teu ar de pânico e diz com que eles paracem... :)

D. disse...

brincadeirinha... eu sei que é parassem... era só para ver se notavam...

McBrain disse...

Ai, os belos cães vadios, esse sinal de sub-desenvolvimento, juntamente com a bela mijadela contra a parede do cemitério e o belo escarro bem puxado! :)

Em relação aos animais... não seria antes uma matilha com uma vaca junta? :)

João Pedro disse...

Não me lebrava do substantivo colectivo para cães e achei que assim me poderia safar bem... :)