sexta-feira, agosto 04, 2006

Livros

Lembrei-me hoje de enumerar meia-dúzia de livros que considero muito bons... ou então... não!

Não vou descrever nenhum livro. Vou apenas escrever os títulos.

Em primeiro lugar, um livro que considerei ser o verdadeiro. Os Maias. Muito bom mesmo. Este livro fez-me gostar de ler. E também ficar apaixonado pela escrita do Eça, que me motivou a ler quase toda a sua obra. Acontece que os Maias foram destronados pelo genial Cem anos de Solidão do Gabriel Garcia Marques. Uma escrita fascinante e que me surpreendeu bastante por ser completamente alucinada. Escrita essa que comparo à de Saramago no seu muito bom Memorial do Convento. Depois, mais dois livros muito importantes, o Capitães de Areia do Jorge Amado. Uma autêntica delícia. Por fim, um livro de uma escritora que não é lá grande coisa mas que apaixonou completamente na altura em que o li e que me deixou meio... coiso! Não me lembro já muito bem, mas penso que retratava um período perto do 25 de Abril e que falava de umas aventuras que... estavam mesmo lá. Domingo de Ramos.

Depois tenho uma lista de alguns livros, que, por qualquer motivo, fizeram com que eu... os deixasse a meio ou, tivesse detestado.

Logo para começar, a Aparição! Muito mau. Depois, o único livro do Eça que, apesar de bom, já me estava a chatear: A Relíquia. Depois, também A queda de um Anjo. A Exortação dos Crocodilos do Sr. Antunes deu para 25 páginas. E por fim, do genial Garcia Marques, O Outono do Patriarca. Destes, detestar, só mesmo a Aparição!

11 comentários:

José Carlos Gomes disse...

Tens um gosto literário muito bom, mas não percebo duas coisas:

1) Como consegues ler Jorge Amado. Ou seja, como consegues ler coisas em "brasileiro". Não tenho dúvidas acerca da qualidade de escrita do homem. Se aquilo fosse traduzido para português decente eu até leria.

2) Como é que ainda não te entregaste à Beat Generation e ao seu primo próximo Charles Bukowski?

João Pedro disse...

Em relação ao "brasileiro", nem notas tal é a qualidade do texto/história. Pelo menos em relação a este livro. Mas reconheço que assim à primeira vista pode parecer complicado. Mas achava mal se traduzissem pois de preferência devemos ler sempre o original. Pode é ter umas chamadas para explicar melhor uma ou outra palavra.

Em relação à Beat Generation já li os Correios e gostei bastante. Não entra é no meu top pessoal apesar de ser bom. Tenho estado há algum tempo sem tempo para ler. Leio mesmo só alguma coisa da actualidade informativa. Mas tens de me emprestar um ou outro livro dessa geração. Pode mesmo ser aquele divinal que eu te dei. :)

José Carlos Gomes disse...

Esse livro divinal está a ser lido por alguém muito importante... Terás de aguardar a tua vez.

João Pedro disse...

Alguém muito importante, quem?

João Pedro disse...

Já sei quem. É a tua fofa. Ainda bem!

José Carlos Gomes disse...

Estou a educá-la na bela literatura...

Anónimo disse...

A educar-me? Mau...
Bela literatura? Bem... Bukowski é literatura, mas... bela?!
Interessante, isso sim... uma linguagem tão directa quanto um simples diálogo... é isso que mais me seduz... sem floreados!

Encontrei na net um parágrafo que transmite a literatura deste homem, e reza assim:

« A vadiagem transformada em arte. As bebedeiras como poesia. Ridículas brigas de bar geniais. Bukowski fez literatura com tudo o que encontrou na história da sua própria vida: angústias, bobagens, dramas, gafes. »

Aguarda JP, já não falta muito para este livro poder estar nas tuas mãos... estou quase a terminá-lo. Se continuar a ter umas noites como as últimas ainda o poderei passar para ti no próximo sábado.

Entretanto, boa leitura, seja lá do que for, desde que agrade!

D. disse...

o Cem anos de solidão é realmente muito bom, Os maias também, embora intermináveis... Quanto ao jorge amado, apenas li O gato malhado e a andorinha sinhá e achei uma escrita bonita e simples, onde op brasileiro nem se nota...

McBrain disse...

Confesso que ao ler esta posta fiquei confuso.

Tens no teu top 2 o meu top2

Quanto aos outros, nunca li nem Jorge Amado nem Saramago, mas estão na lista.

Em relação à versão brasileira... é o original. Querer uma versão "traduzida" é tão mau como aqueles brasileiros que precisam de legendas para enter o que dizemos.... Acho que umas notas de rodapé deveriam chegar...

Sara Morgado disse...

A Exortação aos Crocodilos cá anda, no monte de livros da mesinha de cabeceira. Qualquer dia decido mesmo lê-lo, até porque já li meia dúzia de páginas e até achei uma certa piada.
Mas, meus amigos, o melhor livro português é O Livro do Desassossego do Fernando Pessoa. Aquilo é demais, chego a ler o mesmo texto várias vezes. Algumas vezes porque há coisas que escapam, outras porque é mesmo mesmo brutal.

João Pedro disse...

Cá para mim é mas é porque não percebes!